Junho, 2017 – Soluções criativas e inovadoras para o desenvolvimento sustentável das cidades foram debatidas no evento Ágora, promoção do Sistema FIRJAN em parceria com o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) da prefeitura do Rio e o Centro Rio+, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), nesta quinta-feira (29/6). O debate contou com a participação dos representantes da Rede mundial de Distritos Criativos, que apresentaram suas experiências regionais.
Gerente de Indústria Criativa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Gabriel Pinto destacou a importância de entidades públicas e privadas criarem conexões com a sociedade a fim de resolver os problemas sociais dos municípios por meio de propostas inovadoras, mas factíveis. “Essa é a primeira edição do Ágora, que tem como proposta ser um espaço de discussão, reflexão e articulação de todos os atores da sociedade. A ideia é colocar em prática soluções reais para as cidades. Criar uma plataforma criativa com essas soluções”, afirmou.
Ele citou alguns dos desafios das cidades brasileiras, que vão desde o combate à pobreza a questões de infraestrutura, como saneamento básico e mobilidade de pessoas idosas, entre outros. Apresentado pelo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Sul Fluminense, Mauro Campos, o projeto “Futuro da Minha Cidade”, iniciativa da Câmera Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), mostrou como a sociedade civil organizada desenvolve projetos de longo prazo em cidades como Maringá (PR), Goiana (GO) e Volta Redonda (RJ).
Já o Calçada Acessível, parceria da FIRJAN e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), apresentado pelo empresário Marcelo Kaiuca, destacou as ações promovidas nos municípios da Baixada Fluminense para a instalação de calçadas de qualidades e em conformidade com as normas técnicas de acessibilidade e mobilidade das pessoas. O projeto já chegou a 31 cidades do estado do Rio.
Coordenadora do Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Centro RIO+), Layfa Saad destacou o uso de ferramentas de inovação e criatividade para aproximar as populações mais marginalizadas e os governos aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, a partir do acordo para Agenda 2030. No município de Belford Roxo, a entidade vem usando a arte e a música para engajar as pessoas e combater as mazelas da região. O Centro Rio+ também tem discutido a sustentabilidade da cidade do Rio por meio da relação das pessoas com a geografia e o meio ambiente do município.
Coordenador do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), André Zambelli apresentou iniciativas da Prefeitura do Rio, ao longo dos últimos anos, de proteção não só do patrimônio artístico cultural como dos bens de interesse público, como imóveis da região central: o programa Monumento, de revitalização da Praça Tiradentes, e o de ocupação funcional dos imóveis abandonados, incluindo a manutenção dos negócios tradicionais na região.
Já os representantes da Rede de Distritos Criativos apresentaram o que cada região está produzindo em termos de criatividade e uso da inovação para resolver os problemas das suas cidades, promovendo o desenvolvimento econômico e sustentável das cidades. Participam do encontro os representantes dos distritos: Norbert Höptner, de Baden-Wurttenberg (Alemanha); Roger Suarez, da Catalunha (Espanha); Pascal Cools e Carlo Vuijlsteke, de Flandres (Bélgica); Bert Doedens, de Noord-Brabant (Holanda); e Tuija Telen e Perttu Pesä, de Tampere (Finlândia).
Norbert Höptner destacou o alto investimento feito pela cidade alemã, em parceria com a iniciativa privada e universidades, em pesquisa e desenvolvimento. Pascal Cools lembrou que tecnologia e criatividade devem andar juntas para criar novos modelos de negócios para as empresas e a sociedade. Roger Suarez destacou os avanços em inovação ocorridos na Catalunha, a partir da realização dos Jogos Olímpicos de Barcelona. Bert Doedens e Perttu Pesä também apresentaram as ações que transformaram suas regiões em locais criativos na Europa.
Fonte: Imprensa/FIRJAN