Dirigentes e empresários do setor apontam o investimento em infraestrutura e a criação de novos fundings como prioridades para 2018
Dezembro, 2017 – Uma queda de 6% e a perda de mais de 1 milhão de postos de trabalho. Essa é a síntese do desempenho da indústria da construção em 2017, com perdas nos seus diversos segmentos. Enquanto a economia brasileira dá sinais de reação – com a geração de empregos e resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB), a construção civil e o mercado imobiliário encerram mais um exercício perdendo trabalhadores, seu maior patrimônio, e participação na atividade da indústria. No acumulado da crise iniciada em 2014, o setor já perdeu cerca de 1 milhão de postos de trabalho. Na prática, a indústria da construção vive hoje uma grande contradição: estimulada, será a nova âncora da recuperação da economia; esquecida, será a pedra que enterrará os suaves sinais de reação. Setor que representa cerca de 10% do PIB nacional, a indústria da construção impactará a economia em 0,5% negativos em 2017, exigindo dos demais setores esforço adicional para impedir uma freada na recuperação da economia.
Ao fim do terceiro ano consecutivo de retração, a expectativa é pela retomada do investimento e o restabelecimento do crédito para reaquecer a indústria da construção. “Não estamos pedindo benesses nem facilidades”, avisa José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). “Queremos um ambiente de negócios seguro e transparente e projetos que permitam nossa recuperação. A construção será a âncora do crescimento em 2018”, afirma.
A recuperação do setor, pontua o executivo, depende de três fatores essenciais: o investimento em infraestrutura, em projetos de concessões e parcerias público-privadas a serem realizados pela iniciativa privada; o restabelecimento do crédito, com a retirada das amarras que hoje freiam o financiamento e impedem a arrancada de segmentos como o imobiliário; a melhoria no ambiente de negócios, com novas iniciativas voltadas à segurança jurídica, como a regulamentação do distrato. ‘É preciso dar celeridade a esses temas e tirar projetos do papel para que os resultados da economia sejam mais robustos em 2018″, diz Martins.
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Fonte: Imprensa/CBIC