Fevereiro, 2018 – O início de recuperação econômica em 2017 se refletiu no mercado imobiliário brasileiro que fechou o ano passado com resultados positivos. Houve uma redução do estoque de imóveis de 12,3%, em função de um aumento nas vendas de 9,4%, bem acima do crescimento de 5,2% nos lançamentos, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Essas são algumas das conclusões do estudo Indicadores Imobiliários Nacionais, iniciativa da CBIC em correalização com o Senai Nacional – os dados apresentados hoje consolidam o desempenho do mercado imobiliário brasileiro em 2017.
“Prevemos que 2018 será um bom ano. 2017 mostrou que o setor começou a se recuperar. Podemos dizer que foi o ano da virada, já que 2015 e 16 foram os piores anos nos últimos 15 anos. Estamos otimistas em relação a 2018, apesar de sabermos que o país ainda não resolveu problemas estruturais, como a reforma da Previdência. Mas mesmo assim, acreditamos num crescimento em torno de 10%”, diz José Carlos Martins, presidente da CBIC. Segundo ele, existem outros problemas estruturais que impedem maior avanço desse setor, como a insegurança jurídica, o distrato e fontes de recursos para o financiamento do setor.
No acumulado, as vendas superaram os lançamentos em 11.878, número que representa 12,6% do total das unidades vendidas. Desde o primeiro trimestre de 2016, segundo o balanço de 2017, apresenta o menor número absoluto de unidades à venda: apenas 135.051 em todas as 23 regiões comparadas. De acordo com o estudo apresentado, foram lançadas 82.343 unidades em 2017 contra 78.286 em 2016 e foram vendidas 94.221 unidades contra 86.140 em relação ao ano anterior.
A região Sudeste continua sendo a principal responsável por alavancar os resultados positivos, especialmente a cidade de São Paulo. Destaque também para o aumento substancial de 356% na Região Metropolitana de Curitiba nos lançamentos imobiliários e 160% nas vendas na Região Metropolitana de Maceió.
Celso Petrucci, presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da CBIC e responsável pelo estudo, diz que o resultado de 2017 reflete a grande demanda que a Região Sudeste tem por imóveis. Ele afirma que cada região tem sua especificidade e que a cidade São Paulo é responsável por alavancar os números do Brasil. “O Rio de Janeiro poderia ajudar a puxar ainda mais, mas a situação atual em que a cidade se encontra, numa condição desagregadora, fica complicado apresentar resultados favoráveis. Daí o Sudeste não apresentar um cenário melhor”, afirma Petrucci.
Fonte: Imprensa/CBIC