Mão na massa: Um adesivo para cada aplicação

Fundamentais para fixar os mais diversos materiais, os adesivos são fabricados com diferentes bases e apresentam características variadas de secagem, resistência e dureza. Daí a importância de saber qual é o adesivo certo para cada aplicação

O adesivo certo para cada aplicação

Fevereiro, 2018 – Os adesivos possuem uma função importante, seja na manutenção ou construção de um imóvel. A tecnologia deste tipo de produto evoluiu e hoje ele substitui de forma prática soluções tradicionais, como parafusos, pregos, grampos e outros sistemas de fixação, em diversas aplicações.

Com o desenvolvimento de novos materiais de construção no decorrer dos anos, tais como plásticos, painéis de gesso, espumas isolantes, painéis de madeira e muitas novas matérias-primas sintéticas utilizadas na construção civil, estes novos materiais necessitam de adesivos e selantes com boa aderência, melhor desempenho e técnicas de aplicação mais fáceis.

Mas para cada aplicação, o mercado oferece um tipo de produto, com desempenho adequado à sua finalidade. Os adesivos ou colas diferenciam-se não só pela utilização, mas também pela matéria-prima base, que determinará efeitos específicos.

Resistência e capacidade de fixação são aspectos fundamentais quando se tratam de adesivos. Mas a grande variedade encontrada nas lojas pode trazer dúvidas na escolha. Existem soluções para vidro, madeira, plástico, concreto, entre outros materiais, é bom conhecer as características dos tipos mais comuns.

Matheus Giolo Romeiro, gerente de Negócio da área de Construção do Grupo Amazonas – que conta com uma extensa linha de adesivos – destaca quais características devem ser observadas na hora da compra, de acordo com a necessidade. A empresa também disponibiliza por meio do seu site amplo apoio ao cliente, incluindo a possibilidade do usuário informar os dois tipos de substratos a serem colados e automaticamente aparecem as opções adequadas.

Diversidade

Dicas de adesivos na obra. Divulgação

Entre as colas e adesivos mais comuns, encontram-se:

– Cola branca: à base de acetato de polivinil ou PVA, são conhecidas pelo uso escolar e podem ser utilizadas em madeira, papel, tecido e cerâmica porosa. Não apresenta resistência à água, é fácil de usar e tem secagem longa. Não é indicada para ambientes úmidos ou áreas externas.

– Cola epóxi bicomponente (resina e endurecedor/catalisador): possui elevada resistência à água e ácidos e é durável. São indicadas para metal, cerâmicas, pedras, alguns plásticos e borracha e não são recomendadas para superfícies flexíveis, pois tornam-se bastante rígidas após a secagem. Tem elevado tempo de secagem e cura. Seu preparo exige a mistura dos dois componentes nas medidas indicadas pelos fabricantes e deve ser utilizada em poucos minutos. Possui odor marcante.

– Cola incolor híbrida: produto com alta performance e alta resistência, pode ser aplicado até debaixo d’água. É um novo polímero isento de isocianatos e livre de solvente, indicado para aplicações em metal, telhas, vidros, pedras, calhas, cerâmicas, mármore, madeiras, azulejos e concretos. Monocomponente, essa tecnologia substitui o epóxi bicomponente e já vem pronto para o uso, oferecendo ao consumidor mais facilidade de aplicação.

– Cola de cianoacrilato: conhecida como super cola ou cola instantânea. De secagem rápida, é recomendada para metal, cerâmica, vidro, alguns plásticos e borracha e não deve ser aplicada em superfícies flexíveis. Torna-se bastante rígida após a cura e exige cuidados no manuseio, pois pode aderir à pele e provocar queimaduras em caso de uso com fibras naturais, como algodão. Ideal também para montagem em linha quando é necessária uma elevada resistência em poucos segundos.

– Cola de contato: conhecida como cola de sapateiro, à base de borracha, pode ser aplicada em laminados, folheados e outras áreas grandes e manutenções em papel, couro, tecido, borracha, metal, vidro e alguns plásticos. É flexível quando seca e contra indicada para reparos onde há esforço. Deve ser aplicada nas duas superfícies e não pode ser alterada após o contato. Não deve ser usada em ambientes fechados.

– Cola de poliuretano: à base de PU, possui grande resistência e uso em madeira, metal, cerâmica, vidro, maioria dos plásticos e fibra de vidro, além de ser usada em couro, tecido, borracha e vinil. Bastante difundido em trabalhos com madeira, no setor automotivo e em painéis de isolamento unindo diversos substratos, possui resistência à água.

– Cola ou selante de silicone: formam ligas muito fortes e resistentes à água e a variações de temperaturas. Indicadas para uso em calhas e outros materiais de construção, incluindo metal, vidro, fibra de vidro, borracha, madeira, tecidos, alguns plásticos e cerâmica. Permanece flexível após a secagem, suporta torções e tensões e absorve impactos. O silicone acético possui boa adesão em materiais porosos, sendo recomendado para evitar infiltrações de água na vedação de box, esquadrias, calhas, pias, ralos, sifões, janelas, telhas, automóveis, entre outros. Já o silicone neutro é ideal para superfícies lisas, como mármore, granito, concreto, alvenaria, madeira, alumínio, vidro, esquadria, policarbonato e borracha.

– Cola para tubo PVC: específica para este tipo de produto, sejam tubos para esgoto, ventilação ou água. Pode ser usada na instalação, manutenção ou reparos de PVC rígido. É resistente a tracionamento e pressão. A colagem inicial ocorre em segundos e o teste de pressão pode ser realizado após 12 horas.

– Cola termoplástica: conhecida como cola quente, é versátil e recomendada para diversos materiais. Não apresenta bom desempenho em superfícies muito lisas, como azulejos e vidros. Em geral, é à base de EVA.

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